domingo, março 05, 2006

O QUE TEMOS FEITO?

INCLUSÃO DIGITAL DA COMUNIDADE:
OS PRIMEIROS PASSOS
Sabemos que em torno dos muros da nossa escola, há uma comunidade, um bairro, uma cidade, onde estão inseridos os pais de nossos alunos. O que implica dizer que as ações pedagógicas desenvolvidas com nossos alunos podem atingir diretamente pelo menos 1000 famílias, no caso de nossa comunidade. Então por que não canalizar esse potencial de forma sistematizada fazendocom que nossos alunos sejam instrumentos de inclusão digital de seus pais, por exemplo, compartilhando com eles seus conhecimentos sobre navegação na internet, sobre utilização de e-mails e sobre técnicas de pesquisa.
O primeiro passo: há dois meses, os alunos de duas 3ª séries do ensino fundamental começaram a trabalhar com e-mails. Nossa! Foi um trabalho interessante, mas, exaustivo, pois, foram abertas mais de 40 contas de e-mails. Inicialmente, optamos por abrir no Yahoo, mas, sempre estava fora do ar. Depois, no BOL, IBEST, POP, contudo, são muito burocráticos e com isto perdíamos, um tempo que não tínhamos. Finalmente, optamos pelo HOTMAIL. O trabalho somente foi agilizado quando começamos a contar com auxílio de monitores: alunos que abriram as primeiras contas e agora, ajudavam os demais. No momento, eles estão na fase de trocar mensagens entre eles.
Observação: nas 3ª séries, as professoras já estavam trabalhando com os alunos os meios de comunicação: televisão, rádio, cartas...O trabalho com e-mails portanto desenvolve-se dentro de um contexto de sala de aula e não como uma atividade isolada do laboratório. E com isso, contempla-se mais um dos princípios estratégicos do projeto pedagógico: a integraçao com a sala de aula.
O segundo passo: conversamos com os pais das duas turmas, na reunião do final do bimestre, antes do recesso. Eles já estavam preocupados, pois, alguns alunos contaram em suas casas que já tinham e-mails. E em função das muitas histórias sobre a internet, para os pais, seus filhos acessá-la é motivo de alegria (acesso às novas tecnologias, quase um fetiche) e ao mesmo tempo, é um motivo de preocupação (com quem eles irão se comunicar? em quais sites poderão navegar?) Depois das explicações sobre a segurança da atividade, informamos que em breve, seriam eles, os pais, que estariam fazendo o mesmo que os filhos. E mais, aprenderiam com próprios filhos: abrir uma conta de e-mail, navegar na internet, fazer uma pesquisa, acessar um serviço público. Uns ficaram contentes, outros assustados...Uma mãe nos disse que iria pedir para que uma filha mais velha, e mais esperta (palavras da mãe) viesse no lugar dela. Informamos que aquele projeto era justamente para atender os pais inicialmente com o objetivo de lhes possibilitar acesso a vários serviços do governo via internet. E que a antena fora instalada na escola visando esse objeto. E assim, se tudo dê certo "quando entrar setembro e boa nova andar nos campos..."